quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Francisca Carla: Martirizada pelo preconceito


Francisca Quirino, mais conhecida como Francisca Carla, filha de Ana Quirina e pai desconhecido, foi adotada aos 8 anos por um casal de lavradores e padrinhos, Joaquim Carlos de Vasconcelos e Maria Rodrigues de Vasconcelos. Daí surgiu o nome "Francisca Carla", em virtude do "Carlos", de seu adotante. Depois da adoção, passou a trabalhar como lavradora e eventualmente em casas de família como cozinheira, lavadeira e outros serviços domésticos. Aos 38 anos foi constatada que Francisca Carla havia contraído hanseníase, também chamada de lepra, doença contagiosa e, na época, sem tratamento e cura. Ao constatar a doença, sua família adotiva a deixou em um casebre no meio de na mata do Sítio Lagoa do Padre, sem contato com a sociedade, alimentos eram colocados em lugares distantes e com auxilio de uma vara evitando o contato com as outras pessoas.


Entregue a solidão e a ao isolamento que a doença lhe proporcionara, Francisca Carla faleceu dia 22 de Abril de 1953. Ao descobrir o acontecido, moradores da comunidade vizinha providenciaram rapidamente o enterro, pois o corpo da falecida já estava em estado de putrefação, por todo seu sofrimento, Francisca Carla hoje é tida como santa por toda a população Tianguaense e da Serra da Ibiapaba, mártir amplamente venerada pela devoção popular. 


Em 2007 o escritor tianguaense Luiz Gonzaga Bezerra lançou o livro "Um olhar sobre Francisca Carla e outros fatos sobre Tianguá", traçando um perfil biográfico sobre a mártir.


Em 2011 foi lançado o curta-metragem Fca Carla, do diretor Natal Portela, narrando toda a saga de Francisca Carla.

Assista a reportagem da TV Jangadeiro:



Pesquisa e adaptação Abmael Sousa

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